tag:blogger.com,1999:blog-84112498490293262122024-03-13T10:18:59.780-03:00(G. P.)G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.comBlogger98125tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-11277790649903740892014-11-26T22:29:00.001-02:002014-11-26T22:32:23.443-02:00Sobre Hiroshima mon amour<div style="text-align: justify;">
<i>Hiroshima mon amour</i> é um filme sobre o medo do esquecimento.</div>
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A protagonista, uma atriz francesa em visita ao Japão, está gravando um filme que ela descreve como “um filme sobre a paz” – e “que outro tipo de filme poderia ser gravado em Hiroshima?”, questiona ela. Na cidade onde caiu a primeira bomba nuclear que traria o fim da Segunda Guerra Mundial, seu filme clama pelo fim dos testes atômicos, para o que aconteceu ao Japão jamais se repita na história.</div>
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Ela própria é uma mulher emocionalmente mutilada pela guerra. Na cidade de Nevers, na França, quando ela tinha apenas 18 anos, ela viveu o amor de sua vida. Ironicamente, apenas um dia antes de a cidade ser desocupada pelos Aliados, seu antigo namorado foi morto numa praia, onde ela permaneceu ao seu lado até que o corpo esfriasse. Durante 14 anos, ela nunca contou esse fato a ninguém, nem mesmo ao marido que viria a ter depois, deixando que a memória a consumisse.</div>
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Então, quando ela está em Hiroshima, em 1959, ela se vê num relacionamento repentino (de cunho unicamente sexual, a princípio, a julgar pelos corpos entrelaçados que abrem o filme). O homem que está com ela, também casado, é um arquiteto japonês que estava no <i>front</i> de batalha na época em que a bomba nuclear foi lançada e, por isso, sobreviveu. Rapidamente, eles desenvolvem uma conexão que vai além do prazer carnal e a trama se desenrola durante os poucos encontros que eles têm até que ela parta definitivamente para Paris, de volta à sua vida normal. É daí que vem o conflito da narrativa.</div>
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Numa dessas conversas, depois de se esquivar várias vezes de contar ao amante o próprio passado, ela revela como tem medo de se esquecer do namorado que morreu em Nevers – de detalhes como as suas mãos. E ao evitar esquecer, lembra-se da dor rotineiramente, e sente que está traindo a memória daquele homem que perdeu para a guerra ao revelar ao japonês tudo o que aconteceu.</div>
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É esse medo de esquecer o namorado morto que funciona como um contraponto ao medo de esquecer uma tragédia como a bomba de Hiroshima. Ela diz, numa das conversas com seu amante, que ela viu o que aconteceu no Japão, ao que ele responde “Você não viu nada em Hiroshima”.</div>
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E ela relata, poeticamente:</div>
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“Quatro vezes no museu de Hiroshima. Eu vi as pessoas andando. Pessoas andando, perdidas em pensamento, entre as fotografias, as reconstruções, por falta de nada além disso. As fotografias. As fotografias, as reconstruções, por falta de nada além disso. As explicações, por falta de nada além disso. Quatro vezes no museu em Hiroshima. Eu vi as pessoas. Eu mesma, perdida em pensamentos, olhei para o metal arrasado. O metal retorcido. Metal tornado tão vulnerável quanto carne. Eu vi o <i>bouquet</i> de tampas de garrafa. Quem iria imaginar? Pele humana, suspensa, como se estivesse viva, sua agonia ainda fresca. Pedras. Pedras carbonizadas. Pedras estraçalhadas. Massas anônimas de cabelo de mulheres de Hiroshima que, ao acordar de manhã, descobriam que seu cabelo havia caído. Eu estava com calor na Praça da Paz. Dez mil graus na Praça da Paz. Eu sei. A temperatura do sol na Praça da Paz.”</div>
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Diversas vezes ela diz que se lembra da história, que sabe o que aconteceu. E ela segue narrando tudo que houve depois, especialmente o medo. O medo de dar a luz a monstros, o medo da infertilidade, o medo da chuva de cinzas, o medo da comida contaminada, as imagens dos corpos deformados de bebês nascidos de mulheres grávidas em Hiroshima, imagens de feridas abertas que ela compara a flores... Ela diz que está repleta de memórias, apenas para ser seguidas vezes negada pelo seu interlocutor. E a memória de uma tragédia como Hiroshima (assim como o Holocausto ou outras), afinal, nós nos perguntamos, pertence a quem? Todos nós fomos tão bombardeados com esses relatos e essas representações que parece que elas nos pertencem.</div>
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“Você não viu nada em Hiroshima”, repete o japonês, várias e várias vezes. Mas a reconstrução, argumenta a protagonista, é tão perfeita que faz com que os turistas chorem – “mas o que mais pode um turista fazer além de chorar?”</div>
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Num certo momento, o japonês pergunta a ela o que ela estava fazendo no dia em que a bomba caiu, e o que foi que ela sentiu. E ela responde: “O fim da guerra. Completamente, eu quero dizer. Assombro pelo fato de eles ousarem fazer isso, e assombro por eles terem sido bem-sucedidos. E o começo de um medo desconhecido também. E a indiferença. E também o medo da indiferença.”</div>
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Diante do que ocorreu em Hiroshima, uma tragédia que a protagonista compara à sua própria tragédia pessoal, como pode a memória ser preservada? Como pode ela não cair em esquecimento, em indiferença? Há, diante da tragédia, uma impossibilidade latente de se retratar o que, de fato, aconteceu. A representação tem limites e falar sobre certas coisas banaliza aquilo que é irretratável por natureza. A dor. O sofrimento.</div>
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Ao fim, não sabemos verdadeiramente se a protagonista deixa Hiroshima ou não. Sabemos que ela diz ao amante: “Hiroshima. Seu nome é Hiroshima”, ao que ele responde: “O seu nome é Nevers. Nevers na França.” Tão estigmatizados pela tragédia, são as suas memórias que moldam quem eles são. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-10382650229321510632014-11-10T18:00:00.000-02:002014-12-01T16:35:07.281-02:00Review: Interstellar<div style="text-align: justify;">
<i>Interstellar</i> (2014, roteiro dos irmãos Jonathan e Christopher Nolan, direção de Christopher Nolan) é um filme que vem sendo vendido como uma experiência épica sobre a sobrevivência da humanidade na última fronteira conhecida: o espaço. É uma obra que presta claras homenagens ao roteiro do clássico dos clássicos da ficção científica, <i>2001: Uma Odisseia no Espaço</i>, tanto pela ciência contida na narrativa quanto pelas incursões metafísicas – e até por algumas “coincidências” como, por exemplo, a existência de um portal que leva ao outro lado da galáxia e que foi deixado, supostamente, por uma raça superior capaz de dobrar as dimensões. Dessa forma, apoiado sobre o ombro de gigantes – neste caso, Kubrick e Clarke –, não é de se espantar que <i>Interstellar</i> seja um filme ousado, dirigido por um homem ousado. Um homem que se mostra ligeiramente melhor (mas apenas <i>ligeiramente</i>) como diretor do que como roteirista.</div>
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Num futuro próximo, a humanidade está à beira da extinção. A população humana foi drasticamente reduzida e todos os recursos disponíveis são direcionados à cultura de vegetais, os quais são constantemente vitimados por uma praga que, não só acaba com a comida, mas também deposita cada vez mais nitrogênio na atmosfera. Com poucos recursos, a grande maioria das crianças é criada para cultivar a terra, uma vez que não há mais a necessidade de engenheiros, físicos ou matemáticos. Os avanços científicos foram interrompidos e a humanidade está estagnada numa tecnologia não muito diferente daquela que temos hoje. O protagonista, Cooper (interpretado por Matthew McConaughey), é um ex-piloto da NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, inconformado com a falta do espírito intrépido de tempos passados. Assim, por uma série de coincidências sobrenaturais (que ele insiste em encarar sob a ótica do método científico), ele é levado a descobrir um plano da mesma agência para viajar até um buraco de minhoca (uma anomalia no tecido do espaço-tempo), que abre um caminho para outra galáxia, onde, supostamente, outros mundos representam uma segunda chance para a humanidade.</div>
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Para um povo que por vontade própria abandonou a exploração do espaço, esse é um plano que traz algumas imposições naturais. Primeiramente, as políticas: com uma verba reduzida, a NASA opera na clandestinidade enquanto o seu governo estimula a descrença no próprio programa espacial. É um cenário interessante, especialmente considerando que o governo estadunidense, no nosso mundo real, largou a corrida espacial para chineses e indianos (num universo mais provável seria uma bandeira vermelha a tremular em outro planeta, não a estadunidense e, em vez de astronautas falando inglês, teríamos astronautas falando mandarim), mas essa já é outra história. Porém, mais do que as imposições políticas, as mais críticas são as imposições práticas que uma viagem espacial envolve: as longas distâncias, o combustível limitado, o impacto psicológico na tripulação e, principalmente, o <i>tempo</i>.</div>
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É o tempo, especialmente a sua relatividade, o grande conflito deste filme. E o longa merece alguns créditos por expor exaustivamente e de forma muito funcional durante dois longos atos, toda a ciência por trás da narrativa sem deixar essa exposição muito óbvia. E estamos falando de ciência de verdade, diga-se de passagem (leia <a href="http://time.com/3572988/interstellar-science-fact-check/" target="_blank">neste texto</a> da revista <i>Time</i> uma lista das acuidades científicas de <i>Interstellar</i>). Na ficção científica e mesmo em outros gêneros, essa não é uma tarefa fácil, e fazê-lo sem perder a atenção do expectador é um esforço de roteiro que os irmãos Nolan desempenham muito bem. É surpreendente que em quase três horas de duração haja apenas uma única <i>montage</i> para mostrar o tempo passando (logo ao fim, quando a filha de Cooper, Murphy, está finalmente resolvendo a equação que possibilitará a emigração da humanidade). Esse é um dos grandes acertos técnicos, mas há inúmeros outros.</div>
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A escolha de uma paleta dessaturada, muito semelhante àquela empregada em <i>Elysium</i> (2013, leia a review <a href="http://prooofeta.blogspot.com.br/2013/09/movie-review-elysium.html" target="_blank">aqui</a>), é muito inteligente – provavelmente uma escolha do suíço Hoyte Van Hoytema, que assina também a fotografia de <i>Her</i> (2013). É uma escolha que diferencia esse longa de outros recentes que também se valem do tema espacial, como <i>Avatar</i> (2009) ou o <i>blockbuster</i> da Marvel <i>Guardians of the Galaxy</i> (2014), criando uma experiência estética um milhão de vezes mais sóbria. Essa sobriedade é amparada pela edição, de Lee Smith, que é muito funcional e permite que a audiência compreenda o que está acontecendo mesmo nos momentos mais tensos. A cena em que Cooper, sua companheira Brand (Anne Hathaway) e um dos robôs precisam acoplar a nave a um módulo espacial danificado, que gira livremente na órbita de um planeta longínquo, é um exemplo de um trabalho primoroso, cientificamente verossímil e muito bem editado. E a música, do onipresente Hans Zimmer, é um fenômeno por si só, que soa épica e repetitiva, criando a ambientação para uma jornada de décadas e décadas no vazio.</div>
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Diante de tamanha ambição e de tantos acertos técnicos, é uma pena que, depois de passar toda a narrativa construindo uma experiência intensa e embasada pelos fundamentos mais loucos (mas reais) da física quântica, o roteiro derrape logo no clímax, apresentando o amor como uma solução para um dilema que até então era científico. A cena em que finalmente entendemos que o fantasma é Cooper no futuro, mandando informações de dentro do buraco negro para sua filha na Terra, pode ser um belo <i>pinch</i> de roteiro, mas faz uso de um paradoxo da viagem temporal que é muito menos inventivo do que, por exemplo, a cena em que Cooper reencontra Murphy mais velha do que ele próprio.<br />
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A impressão que fica é a de que o roteiro tentou durante mais de duas horas construir um universo plausível de acordo com tudo o que a nossa ciência conhece, para, no fim demoli-la com um conceito frágil como o amor.<br />
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E foi essa a minha conclusão ao assistir ao filme pela <i>primeira</i> vez. Mas então eu fui vê-lo de novo acompanhando meu pai e, ao ler minha crítica original depois da nossa sessão, ele fez uma única observação: talvez eu mudasse a frase em que defino o amor como um conceito frágil se eu já tivesse tido um filho.<br />
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Simples assim.<br />
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Amor, segundo ele, talvez não seja a palavra adequada para descrever essa relação que estabelece uma ligação de continuidade entre dois indivíduos - e, sob uma perspectiva mais ampla, entre toda uma espécie. E aí eu me peguei pensando: no próprio filme essa é uma relação tratada de muitas formas: como um artifício evolutivo que serve simplesmente para fazer os indivíduos cuidarem de seus filhotes ou talvez como uma força propulsora psicológica (nem sempre com uma função social aparente, como o amor por alguém que já morreu) capaz de fazer alguém cruzar uma galáxia.<br />
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Mas, no fim, essa relação que chamei em meu texto de amor (algo que os próprios personagens o fazem durante o segundo ato), mas que ao fim Cooper chama de "bond" (ligação), talvez seja uma conexão capaz de criar significados entre dois indivíduos separados pelo próprio espaço-tempo, que é justamente o caso no longa de Nolan. Se você pensar bem, logo no começo o pai de Brand menciona que anomalias gravitacionais tinham sido identificadas em vários momentos e locais. Posteriormente, nós descobrimos que a gravidade é uma maneira de os seres humanos evoluídos se comunicarem com a Terra a partir do futuro, assim é plausível supor que esses seres de cinco dimensões vêm tentando enviar mensagens ao passado, mas não conseguiam pela falta de conexão profunda com alguém – e entender essa conexão simplesmente como amor é nada menos que um grave erro de tradução da palavra<i> bond</i>.<br />
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É plausível supor que qualquer um no futuro que tivesse acesso a um mecanismo de dobra do espaço-tempo poderia mover objetos na Terra do passado por meio da gravidade (como Cooper faz com os livros), mas falta a ligação com outro ser humano que permitirá criar associações a partir de um contexto comum para transmitir uma mensagem. Para qualquer outro ser humano, o relógio com os ponteiros se movendo significaria um simples defeito, mas para a filha de Cooper significava algo mais pelo simples fato de o ter ganhado de seu pai.<br />
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Assim, no fim das contas, essa ligação poderia ser menos sobrenatural do que poderíamos pensar, para ser a capacidade de criar significados entre dois indivíduos, mesmo que separados por milhares ou milhões de anos-luz. E é muito provável que, no fim das contas, seja essa a moral da história que Nolan nos contou com <i>Interstellar</i>. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-82332680080365177572014-10-16T16:38:00.000-03:002014-10-16T16:38:06.496-03:00Palimpsesto<div style="text-align: justify;">
E as memórias avolumaram-se sob o deserto, até um dia em que restaram apenas camadas e mais camadas de areia sob um sol vermelho. Um sol moribundo. E sob a areia, lá embaixo, fósseis daquilo que um dia fomos, tão velhos que não havia mais ninguém para contar o tempo. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-84487080342857732682014-10-09T15:37:00.004-03:002014-10-09T15:38:09.354-03:00O paradoxo da modernidade tardia<div style="text-align: justify;">
Muitos autores, hoje em dia, falam sobre a fragmentação da realidade: sobre a inexistência de metanarrativas, sobre concepções múltiplas sobre o mundo, sobre a invalidade das verdades absolutas, sobre a simulação que sobrepuja o simulacro, sobre mundos dentro do mundo. Todos esses autores, na minha opinião, estão descrevendo a pós-modernidade. E essa pós-modernidade, por sua vez, diferencia-se da modernidade pela ausência de uma linha cronológica única (a História).</div>
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Para a modernidade, diferentes explicações sobre a existência vinham uma atrás da outra – e, cada vez que surge uma nova, a anterior é (e precisa ser) destruída por meio de um fenômeno chamado destruição criativa. Para a modernidade, o que é novo é melhor do que o que é antigo e, por isso, ganha automaticamente o direito de destruir o que veio antes, pelo bem do progresso, da História linear, do futuro.</div>
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A pós-modernidade (seja qual for sua descrição) <i>refuta</i> tudo isso. Não existe mais uma explicação única, uma só verdade, nem mesmo um mundo “real” que seja íntegro. Tudo é fragmentado. Porém, ao dizer que o mundo em que existia uma verdade única acabou, não está a própria pós-modernidade repetindo uma prática modernista de dizer que o que veio antes precisa acabar para que o novo possa existir? <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-46606452906980277352014-03-12T10:12:00.000-03:002014-03-12T10:13:18.472-03:00A briga da Criação<div style="text-align: justify;">
A área de Criação (que hoje eu chamo de produção editorial) compreende redação e arte. Conteúdo e forma. E essa, meus caros, é uma briga antiga. Neste breve artigo nós não vamos entrar no mérito filosófico e definir o que é conteúdo e o que é forma; não vamos citar caras como McLuhan e sua famosa expressão “O meio é a mensagem” (opa, já citei!). Aqui o que nós vamos fazer é manter o pé no chão e nos ater a dois aspectos que julgo muito importantes para quem trabalha na área de Criação e, consequentemente, toma decisões diárias em relação à produção de peças de comunicação. Vale qualquer peça (uma revista, um jornal, um <i>report</i> institucional, um <i>newsletter</i>, um livro, uma HQ...), pois esses são aspectos básicos da nossa labuta diária nesse mercado tão glamoroso (#sqn).</div>
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Por onde começar, então? Um caminho é entender que para o grande público, o conteúdo e a forma são muitas vezes indivisíveis – e isso é muito bom, pois é exatamente assim que tem de ser. Não cabe ao leitor de um livro, por exemplo, questionar a disposição do texto num <i>grid</i>, pois elementos textuais e gráficos precisam funcionar juntos, de modo que o leitor não se incomode. Em peças de comunicação do dia a dia, como o <i>newsletter</i> da sua organização, a forma precisa trabalhar junto com o conteúdo – afinal você não está pintando um quadro de Pollock. A escolha de fontes, tamanhos de títulos, recuos de parágrafos, balanço entre branco e preenchimento, imagens, grafismos e espaçamentos entre linhas não pode causar estranheza (a não ser, é claro, que o objetivo da peça seja justamente causar estranheza). A mesma coisa vale para o texto, pois você não está fazendo literatura. Redação e arte devem caminhar lado a lado, uma se apoiando sobre a outra de forma simbiótica e geralmente sóbria, seguindo um caminho comum que perpassa <b><span style="color: orange;">decisões conceituais</span></b> e uma dose variável de <b><span style="color: orange;">gosto pessoal</span></b> das pessoas envolvidas. Para quem trabalha com Criação, são esses os aspectos que julgo mais importantes para alcançar um nível desejável de qualidade editorial.</div>
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<b><span style="color: orange;">O conceito é a gênese de todo o resto ></span></b> O conceito é o berço de qualquer peça de comunicação. O que queremos comunicar, com qual objetivo, a quem? Que tom queremos usar em nosso discurso? Qual a mensagem central? Quais as mensagens secundárias, quais as informações de suporte? Quais valores devem estar implícitos em nossa fala? Tudo isso é conceito.</div>
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O conceito é a premissa do trabalho, de onde todo o resto vai partir. Isso significa que ele deve estar contido em todas as etapas da Criação. Uma revista de moda, por exemplo, terá um discurso e uma diagramação diferente de uma revista de finanças; um mesmo release, quando apresentado ao público interno de uma empresa, será diferente daquele publicado para investidores ou para o mercado em geral. Essas diferenças devem estar contidas no texto <i>e</i> na arte. Nem apenas em um, nem apenas no outro. Fazer a ponte entre os dois é certamente uma das tarefas de quem trabalha com Criação e as decisões sobre o que mudar num <i>job</i> em andamento, invariavelmente, devem passar por uma revisão conceitual. Se está adequado ao conceito, permanece. Se não está, pode ser lindo ou soar como poesia, mas em algum ponto alguém vai ter de ser chato e cortar.</div>
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Ok, parece fácil quando colocado dessa forma, mas o dia a dia é outra coisa. Nem sempre as coisas serão preto no branco; há uma dose bem grande de áreas cinzentas. Às vezes as coisas estão, sim, corretas conceitualmente, mas ainda assim o responsável pela Criação vai cortar. Por quê? Simplesmente por estilo. E gosto pessoal é uma coisa muito complicada.</div>
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<b><span style="color: orange;">E você, gosta de quê? ></span></b> Entre o pessoal da redação, tem quem goste de períodos curtos e frases de efeito, tem quem goste de distribuir vírgulas a granel, tem quem goste de travessões, tem quem goste de apostos, tem quem goste de repetir palavras para criar um efeito coloquial (veja, por exemplo, quantas vezes eu repeti “tem quem goste”), tem quem goste do <i>lead</i> tradicional ou de aberturas invertidas à moda de jornalismo de revista... Tem muita gente que gosta de muita coisa. Algumas são inadequadas a determinadas peças, mas haverá momentos em que várias opções funcionam. E aí, qual escolher?</div>
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Já entre o pessoal de arte, tem gente que gosta de minimalismo e gente que gosta de rococó; tem gente que gosta de muito branco na página e gente que gosta de blocos pesados de texto; tem gente que justifica e gente que recua à esquerda. Quando se trabalha com um cliente específico, manuais de<i> branding</i> fornecem regras, mas mesmo essas regras são tênues e há muitas decisões que devem ser tomadas com base em estilo. A Gestalt, muitas vezes, dá um direcionamento, mas, ainda assim, restam decisões entre aspectos que não estão certos ou errados. Essas decisões recaem, mais uma vez, em estilo, e é nesse ponto que o cara da Criação vai ter de entrar dizendo coisas como: “Falta alguma coisa aqui... Falta um <i>tchan</i>!”, “E se a gente tirar isso e colocar aquilo?” – ou mesmo “Chega! Vamos mudar tudo!”, e alguém vai dizer (ou pensar, quando faltar a liberdade para dizer) “Porra, cara, então por que você não vem aqui e faz?!”.</div>
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Na verdade, o que esse profissional está fazendo é cuidar para que toda a peça tenha um estilo íntegro, independentemente de quem diagramou e de suas preferências pessoais naquele momento. Não é porque ele é chato – talvez ele até seja, mas ser chato não é condição <i>sine qua non </i>para o cargo. Também não é porque ele é mais importante que os colegas ou subordinados; o redator dá, sim, o tom dele às palavras que escolhe, e o diretor de arte também ao escolher uma ou outra imagem, definir um <i>grid</i> de duas ou três colunas, escolher essa ou aquela fonte... A Criação é geralmente um processo colaborativo, e é assim que tem de ser.</div>
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No fim do dia, contudo, tudo o que precisamos nos lembrar é que arrumar a casa é o trabalho do cara da Criação. Ele é, afinal, responsável pela harmonia das peças. Nem só pela arte, nem só pela redação. Por <i>tudo</i> – em itálico, porque <i>eu</i> gosto de itálico. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-10267878173486374122013-09-23T21:25:00.001-03:002013-09-23T21:26:54.759-03:00Movie Review: Elysium<div style="text-align: justify;">
<i>Elysium</i> (written and directed by Neil Blomkamp) is a political movie dressed up as sci-fi. It brings us to the year 2154, when the wealthy portion of human kind has moved to an artificial satellite called Elysium. Over there every sickness can be easily healed, the air is clean, there is security, comfort and pleasure. On the other hand, the rest of the entire human population lives on a desolated version of Earth which sadly resembles the so called 3rd world countries. Down here, on Earth, people live in slum-like buildings, work at dangerous production lines to mass-produce goods to be used by the rich portion of the population and have no access to health or education. Just like the world we live in.</div>
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Presenting this social scenario using a realistic production design (just like <i>District 9</i>, Blomkamp's previous work), <i>Elysium</i> is a visceral fable about social segregation. Even though some of the fight sequences look too messy and even boring, failing to present the audience with something we have never seen before, <i>Elysium</i>’s production design gets a few points for presenting us a future which looks chaotically and disturbingly like the present. Differently than the amazing <i>Oblivion</i> or the disposable <i>After Earth</i>, two other movies that showed us different versions of destroyed Earths, Elysium’s version of the future looks somewhat less "plastic" and more "rusty", and that is a clever touch. The future does not only look like the present, it<i> is</i> the present.</div>
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Once you get to notice this resemblance, you just have to be a little familiar with what happens in our world to start connecting the dots. When a group of illegal immigrants try to force their way into Elysium, for example, it is impossible to avoid thinking about the 10 million (probably more) undocumented immigrants living in United States nowadays, not to mention every single individual who tries to cross the country’s borders with Mexico every day. Actually, the screenplay itself gives us those references ready to swallow – the immigrants even speak Spanish. Maybe that is why two Latin American actors (the Brazilian Wagner Abreu and Alice Braga – whose native language, ironically, is Portuguese, not Spanish) were chosen to star the movie side by side with Matt Damon. Together, their characters will attempt to change society’s status quo, opening the doors of Elysium to everyone on Earth.</div>
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<div style="text-align: justify;">
And then the movie ends – with the predictable sacrifice and even a flashback <i>montage</i>. But what would happen next, we might ask? As an anti-capitalist revolutionary tale, <i>Elysium</i>’s plot may look exciting while promising to the poor community on Earth tickets to a Heaven where everyone would be considered a legal citizen, but what would happen after billions of people had gotten access to the same resources that only the wealthy once possessed? At this point, we come to the same dead end in which we find ourselves in the real world. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-44409389391694373452013-08-11T21:39:00.000-03:002013-08-11T21:42:00.718-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 10<div style="text-align: justify;">
<i>10th day, but not in a roll...</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-U0NEhdOUI34/Uggtx_Gj8aI/AAAAAAAAAkk/d66xp7GFly0/s1600/IMG_1324.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-U0NEhdOUI34/Uggtx_Gj8aI/AAAAAAAAAkk/d66xp7GFly0/s320/IMG_1324.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
"In a certain way, Fuyumi was jealous about the abscence of intentions, goals, protocols to fulfill, passions and quandaries in the existence of a cherry flower. Everything would be simpler if people were as pink flowers falling from a tree after the winter, allowing themselves to be led by the breeze and nothing else."<b>(<a href="http://www.prooofeta.blogspot.com.br/search/label/cherry%20flower">G.P.</a>)</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-70819065415312178542013-08-08T23:15:00.000-03:002013-08-08T23:15:06.333-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 9<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-VZCVTVbkvlI/UgROzNdGAwI/AAAAAAAAAkU/v4D-MGScB4M/s1600/day+9.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-VZCVTVbkvlI/UgROzNdGAwI/AAAAAAAAAkU/v4D-MGScB4M/s400/day+9.JPG" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
So you get older, and you start understanding more and more your elders, either what they say and what they don't. And then you start realizing that time goes by, and you better cherish the sand in the hourglass. <b>(G.P.)</b></div>
<br />G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-50745058867539344092013-08-07T22:49:00.000-03:002013-08-07T22:49:30.061-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 8<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_Yr6hdCHyuE/UgL38qqsZSI/AAAAAAAAAkE/gQNNdpFpvqc/s1600/day+8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-_Yr6hdCHyuE/UgL38qqsZSI/AAAAAAAAAkE/gQNNdpFpvqc/s320/day+8.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Everything was alright in Paradise until Eve listened to the Snake and took a bite of the Forbidden Fruit. It could be an apple, but it could be anything as well. And it gave her knowledge; suddenly she was aware of their nudity. But weren't they nude the whole time before? It turns out, after all, that sins don't happen without knowledge. <b>(G.P.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-25649601561268925292013-08-06T23:34:00.002-03:002013-08-06T23:35:07.411-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 7<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Vqng3cwTx0w/UgGyMFRDdDI/AAAAAAAAAj0/mnTclwOsXEg/s1600/day+7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-Vqng3cwTx0w/UgGyMFRDdDI/AAAAAAAAAj0/mnTclwOsXEg/s400/day+7.JPG" width="300" /></a></div>
每次我在十字路口的时候, 我都不知道走哪条路好. 但是谁知道?<b> (G.P.)</b>G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-50057770253856193992013-08-05T20:20:00.000-03:002013-08-05T20:25:53.179-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 6<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i>So I skipped two days...</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lj5Cy2RMWO4/UgAyjTjRqYI/AAAAAAAAAjk/XhuTCdRfWTI/s1600/day+6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-lj5Cy2RMWO4/UgAyjTjRqYI/AAAAAAAAAjk/XhuTCdRfWTI/s320/day+6.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
When the doors were all locked, when he was totally alone, when no one could see him, that was the moment he felt totally and truly free. Isn't it ironic for a man to feel free exactly when the doors are closed behind him? <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-50806763514665327182013-08-03T03:01:00.001-03:002013-08-03T03:01:34.238-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 5<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fHEnVzmM7O4/Ufycmk6-cGI/AAAAAAAAAjU/0Aprt9GJbds/s1600/day+5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-fHEnVzmM7O4/Ufycmk6-cGI/AAAAAAAAAjU/0Aprt9GJbds/s400/day+5.JPG" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Somewhere out there, a prayer flag is always blowing in the harsh wind. It doesn't matter how far you are; if you keep silent for enough time, you will start hearing it again. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-55933088182255641922013-08-01T21:36:00.000-03:002013-08-01T21:36:59.524-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 4<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-MJncoLyY3Tk/Ufr-2l80FAI/AAAAAAAAAjE/jaZt8dpm8QA/s1600/day+4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-MJncoLyY3Tk/Ufr-2l80FAI/AAAAAAAAAjE/jaZt8dpm8QA/s320/day+4.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
The road lights printing purple trails on my eyes, painting alien landscapes among the darkness, while life goes by on the road – loneliness & companionship, love & hate, wanderlust & the will to settle down. Past & future on the road. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-50088254189678259342013-07-31T21:19:00.002-03:002013-07-31T21:19:59.400-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 3<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-WOpUcA21-us/Ufmpf5gfe7I/AAAAAAAAAi0/YBaJmiZEf3E/s1600/day+3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-WOpUcA21-us/Ufmpf5gfe7I/AAAAAAAAAi0/YBaJmiZEf3E/s400/day+3.JPG" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Who are you? That face you show to people... Is that your real self or is that a mask? Under that mask... Is that you, or maybe another mask under a mask? After all, once you remove every layer of masks, what is left? Does that little and fragile creature under the tons of masks you wear represent what you really are? And the most important question: can that naked creature survive in the real world without any mask? <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-41484008181053871732013-07-30T12:20:00.003-03:002013-07-30T12:21:26.040-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-YOmWOVvyh24/UffZsBNH4SI/AAAAAAAAAik/xw-GySmiT_o/s1600/day+2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-YOmWOVvyh24/UffZsBNH4SI/AAAAAAAAAik/xw-GySmiT_o/s320/day+2.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
"Following the song." There was a time I used to say that a lot. Good ol' days with a good old friend... To follow the song is the same as letting the stream take you wherever it must. The opposite of that is to think about things and make reasonable decisions, which may be good and may be bad. The risk, of course, is to overthink. If you are likely to overthink everything, then you should think about following the song once in a while. But if you think about don't thinking too much, aren't you thinking already? <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-50796272771389389742013-07-29T21:48:00.001-03:002013-08-07T22:23:34.419-03:001 pic & 1 paragraph per day - Day 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-nE7wMVLuFIg/UfcNL-0WoFI/AAAAAAAAAiY/tAZSn0H53H8/s1600/day+1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-nE7wMVLuFIg/UfcNL-0WoFI/AAAAAAAAAiY/tAZSn0H53H8/s400/day+1.JPG" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
As every man has light and shadow dwelling within his core, we all have paths covered by light and shadow before us. Although it's desirable to walk under sunlight, there will be certain paths which will require the wanderer to go through gloom and shade. <b>(G.P.)</b></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-52869531723289328612013-06-20T13:14:00.001-03:002013-06-20T13:27:10.549-03:00Sobre o Brasil em 20 de junho de 2013<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-2OmxLtL3TVY/UcMs16rd-OI/AAAAAAAAAiE/vaUMth58RaM/s1600/IMG_1109.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-2OmxLtL3TVY/UcMs16rd-OI/AAAAAAAAAiE/vaUMth58RaM/s320/IMG_1109.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
Eu sou um jornalista. Para os jornalistas, as coisas precisam ser registradas, descritas, narradas, dispostas numa ordem compreensível, com um título que resuma o que está acontecendo. As pessoas precisam entender. Por enquanto, é impossível fazer tudo isso, pois a onda de protestos que ocorrem no Brasil ainda não tem nome. Por enquanto, ainda é impossível dizer se tudo isso é parte de algo maior. Não há, afinal, líderes oficiais ou um discurso que una a todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há o povo. A parte bela do povo. E a parte feia também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A parte feia quebra coisas. A democracia em si, meus caros, é um conceito belo. Não significa, necessariamente, que o povo está no poder, mas que o poder emana do povo. Democracia não é fazer o que você quer, nem deixar os outros fazerem o que eles quiserem. Defender uma ideia é uma coisa maravilhosa; quebrar bens públicos (e privados) é crime. Invariavelmente, alguém terá de pagar por esses danos – certamente o contribuinte, eu e você, e muito provavelmente aqueles que estão quebrando também. Democracia não é quebrar coisas. Não é queimar ônibus. Não é pichar muros. Democracia não é ir contra a polícia. As pessoas precisam saber que existe diferença entre uma coisa e outra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já a parte bela se une sob diversas bandeiras – ou nenhuma – e por diversas causas. Algumas, utópicas. A maioria delas, porém, legítima: menores taxas para o transporte público, menos corrupção, impostos empregados mais eficientemente, menos estádios e mais saúde, educação, segurança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A imagem que fica, no fim das contas, é a de jovens nas ruas, aos milhares. Um flashback, alguns poderiam dizer. Até então, esse tipo de coisa era um tipo de mitologia advinda de uma época em que era proibido protestar, um tempo de nossos pais e avôs que inspirou uma leva de artistas melancólicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quase três décadas depois, novos jovens saem às mesmas ruas. Contudo, nesse caos de máscaras de Guys Fawkes, hinos nacionais entoados em diversos ritmos e rostos pintados de verde e amarelo parece haver alguma lógica interna.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lógica essa, diga-se de passagem, ainda incompreendida pelos próprios manifestantes. O que é muito natural. Afinal, essa foi provavelmente a primeira vez que a minha geração se levantou. Que o faça, então, com nada menos que absoluta responsabilidade.</div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-54583353737292196402013-03-14T22:36:00.000-03:002013-03-15T19:52:35.643-03:00Por que Darwin incomoda tanto? <br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao contemplar a multiplicidade de formas de vida
existentes no planeta Terra, é impossível não reparar no grau de adaptabilidade
que algumas espécies demonstram em relação ao ambiente em que vivem. Você olha
para mariposas cujas asas exibem padrões semelhantes a olhos de pássaros,
perfeitas para espantar predadores; depois para insetos e outros animais cujo
grau de mimetismo é tão alto que se torna impossível diferenciá-los de detalhes
da paisagem, como lagartas e besouros com apêndices em formatos de folhas, por
exemplo. Há também os morcegos, que possuem um refinado sistema de sonar para
se orientar por ecolocalização durante o voo, e animais bioluminescentes que
habitam os abismos do oceano, e por aí vai. A lista é tão extensa que chega um
momento em que flertar com a ideia de um design inteligente para a vida na
Terra parece tentadora, quase lógica. Afinal, como cada uma dessas
especificidades poderia surgir espontaneamente se não houvesse alguém ou alguma
coisa guiando o processo? É esta, basicamente, a ideia básica do Criacionismo:
quem ou o quê, senão uma inteligência superior, poderia ter criado tudo isso?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Para responder a essa pergunta, o naturalista inglês Charles
Darwin propôs uma alternativa um tanto mais incômoda. O que ele disse foi que
indivíduos, animais ou vegetais, sofrem mutações genéticas aleatórias – e note
que <i>aleatoriedade</i> é a palavra-chave
aqui. Uma vez que são aleatórias, essas mutações espontâneas podem ser benéficas
ou maléficas. Algumas delas, por sorte, tornam os indivíduos mais adaptados ao
ambiente e aqueles que estão mais adaptados têm mais propensão a sobreviver,
passando as mutações para as próximas gerações. Os indivíduos que sofrem
mutações prejudiciais, inúteis ou simplesmente menos úteis tendem a perecer e não as passam
adiante. Para ilustrar esse conceito, vamos imaginar uma espécie de pássaro que
tivesse um bico curto e, gradativamente, ao longo das gerações, tenha ganhado
um bico comprido, que lhe possibilitou começar a comer larvas escondidas em
buracos pequenos em troncos de árvores. Num ambiente em que houvesse larvas em
excesso em todos os lugares, essa não seria uma adaptação essencial. Assim,
nesse ambiente, poderia haver diversos tipos de pássaros com diversos formatos
de bicos. Mas digamos que o ambiente tenha mudado e, de repente, as larvas se
tornaram escassas, à exceção daquelas escondidas nos troncos. Nesse caso, os
pássaros de bicos curtos morreriam e aqueles de bicos compridos sobreviveriam
em maior quantidade. Uma vez que o ambiente seleciona os pássaros de bico
comprido, esses formatos de bicos tendem a aumentar e os bicos pequenos
desaparecem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Ao analisarmos, hipoteticamente, os registros fósseis
dessa espécie de pássaro do exemplo anterior, poderia dar a impressão de que os
bicos foram aumentando propositalmente ao longo do tempo, mas devemos nos
lembrar sempre de que as mutações, para a teoria Darwinista, são aleatórias –
ou seja, mutações de pássaros com bicos pequenos provavelmente continuaram a
acontecer ocasionalmente, mas esses indivíduos não estavam aptos a sobreviver
num ambiente que privilegiava os bicos grandes. Podemos voltar agora aos
exemplos iniciais que abriram este artigo: a mariposa com imagens de olhos de
coruja nas asas e os insetos com apêndices em formatos de folhas. Nesses casos,
é plausível supor que, devido a mutações, surgiram no processo evolutivo desses
animais diversos tipos de desenhos nas asas e diversos formatos de apêndices
diferentes; alguns poderiam ser coloridos, chamando a atenção de predadores, e
outros poderiam até mesmo fazer mal aos próprios indivíduos. Eis então que, por
acaso e nada mais, surgiu um desenho que – por coincidência – era semelhante
aos olhos de uma coruja, ou então um apêndice que – também por coincidência –
era semelhante a uma folha. Esse indivíduos, estando mais aptos a afastar
predadores ou a se esconder no ambiente em que viviam, tenderam a sobreviver e
passar adiante seus genes. Ao analisarmos o desenho dos olhos de uma coruja nas
asas de uma mariposa, pode-se ter a impressão de que a evolução das espécies é
um processo lógico e inteligente (como se a mariposa <i>quisesse</i> ter evoluído para espantar os predadores), mas, para
Darwin, ele não é. Trata-se de um processo aleatório, gerado por probabilidades
matemáticas. Para cada sucesso, houve milhões de falhas; para cada mariposa com
padrões úteis nas asas, houve milhões de mariposas com padrões inúteis. O que
vai determinar o que é sucesso e o que é falha é a seleção natural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Outro ponto importante nesses exemplos anteriores é o
fato de esses indivíduos não terem feito nada para ganhar essas adaptações. Na
verdade – e é por isso, também, que o Darwinismo incomoda –, eles simplesmente
tiveram sorte. A ação individual simplesmente não importa para a evolução hereditária, a não ser que elas
tenham capacidade de alterar a configuração dos genes de um indivíduo. Assim,
os animais não estão <i>se especializando</i>,
eles estão apenas mais <i>especializados</i>.
A diferença das duas concepções é que não há uma ação intencionalmente
progressiva na segunda. Essas mutações acontecem por acaso. <i>Apenas</i> por acaso! A especialização de
uma espécie não é um processo dirigido (nem por uma força divina e nem pela
própria ação individual), mas uma questão de sorte, uma loteria genética. Um
homem que vá todos os dias à academia, por exemplo, poderá se tornar musculoso,
mas ele não passará essa característica adiante, pois não houve alterações
genéticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Para ilustrar o conceito do parágrafo anterior, há o
clássico exemplo da girafa: por que as girafas têm pescoço comprido? Procurando
formular uma explicação, o naturalista francês Jean-Baptiste Lamarck, anterior
a Darwin, argumentou que em algum momento no passado evolutivo, uma girafa de
pescoço curto esticou o pescoço para alcançar uma folha mais alta. Ao utilizar
mais o pescoço, essa girafa hipotética fez com que seu descendente direto
nascesse com o pescoço um pouquinho mais longo e esse descendente, ao esticar o
pescoço novamente, deu origem a uma reação em cadeia que, gerações depois, fez
com que a girafa tivesse um pescoço longo. Essa é a hipótese do uso e desuso da
teoria de Lamarck (refutada pela genética), que considerava como fator motivador da evolução a ação
individual. Para os
criacionistas, a explicação é simples: uma força divina fez a girafa com o
pescoço comprido, e ponto final. A explicação de Darwin para o mesmo fenômeno,
por sua vez, provavelmente seria baseada num cenário em que houvesse várias
girafas com diversos comprimentos de pescoço. Por um tempo, isso não teria
importado, até que as folhas rasteiras começassem a faltar e apenas as girafas
de pescoço comprido conseguissem se alimentar. Assim, os pescoços curtos
sumiriam, não porque as girafas os esticaram propositalmente, mas porque um
outro indivíduo que – por sorte – nasceu com o pescoço comprido sobreviveu e
transmitiu a seus descendentes o gene específico. Num longo prazo, ao
observarmos os registros fósseis de diversos tipos de girafas com diferentes
tamanhos de pescoço, veremos que houve uma evolução de um pescoço menor a um
pescoço maior, e colocando uma ao lado da outra, numa linearidade progressiva,
nós perceberemos uma evolução, mas sem considerar as inúmeras girafas de
pescoços curtos e médios que surgiram e morreram no caminho. Só os vencedores
fazem a História.</span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-gqLUIpkCTOA/UUJ4CKNkjlI/AAAAAAAAAhE/gL7_WnmkMnY/s1600/criacionismo,+lamarquismo+e+darwinismo_prooofeta.blogspot.com.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="http://2.bp.blogspot.com/-gqLUIpkCTOA/UUJ4CKNkjlI/AAAAAAAAAhE/gL7_WnmkMnY/s320/criacionismo,+lamarquismo+e+darwinismo_prooofeta.blogspot.com.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Sintetizando a teoria Darwinista, portanto, temos num
primeiro momento a <b>mutação </b>(uma mudança genética aleatória), depois a <b>seleção
natural</b> (processo pelo qual as espécies melhor adaptadas em relação ao ambiente
sobrevivem enquanto outras morrem) e só no final pode ser constatada a
<b>evolução</b>, quando são descartados os ramos de descendentes inaptos. Na perspectiva
Darwinista, a evolução é uma constatação tardia, apesar de estar <i>sempre</i> acontecendo, sem parar. Por não
compreenderem esse conceito, alguns críticos a Darwin lançam a pergunta “Se a
evolução está constantemente acontecendo, por que nós não a vemos em tempo
real?” Esse é um engano comum, pois estamos acostumados a pensar na evolução
como um acerto constante, como aquela velha imagem de um primata andando sobre
quatro patas, depois erguendo-se gradualmente para andar sobre duas pernas e se
transformar no homem, mas aquela não é a família toda. Na árvore genealógica
humana, há outras espécies de hominídeos que não estão representadas na imagem,
que se perderam ao longo das eras. O fato é que podemos, sim, ver as mutações
aleatórias que surgem em alguns indivíduos, mas é o ambiente que vai determinar
ao longo do tempo quais dessas mutações serão úteis. À linha que une cada uma
dessa série de mutações úteis nós damos o nome de evolução, mas essa é uma
análise que precisamos fazer com uma perspectiva temporal. Nós podemos ver o
processo de evolução acontecendo através de cada mutação isolada, mas ele não
está completo sem a seleção natural de um ambiente e a evolução em si só pode
ser constatada por uma análise ampla num grande período de tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-FixxQrtWFy4/UUJ4NsRwhcI/AAAAAAAAAhQ/0k1Ix4hGBfw/s1600/evolu%C3%A7%C3%A3o_prooofeta.blogspot.com.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="http://1.bp.blogspot.com/-FixxQrtWFy4/UUJ4NsRwhcI/AAAAAAAAAhQ/0k1Ix4hGBfw/s200/evolu%C3%A7%C3%A3o_prooofeta.blogspot.com.png" width="200" /></a> <a href="http://2.bp.blogspot.com/-0-oJvLctUR8/UUJ4Nx7icjI/AAAAAAAAAhU/yuZWgFjsF6s/s1600/evolu%C3%A7%C3%A3o+e+muta%C3%A7%C3%B5es_prooofeta.blogspot.com.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="178" src="http://2.bp.blogspot.com/-0-oJvLctUR8/UUJ4Nx7icjI/AAAAAAAAAhU/yuZWgFjsF6s/s200/evolu%C3%A7%C3%A3o+e+muta%C3%A7%C3%B5es_prooofeta.blogspot.com.png" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Na primeira imagem, vê-se apenas a evolução em si, ou seja,</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">o trajeto das espécies mais aptas</span><span style="font-size: x-small;">. </span><span style="font-size: x-small;">Na segunda, vê-se as mutações</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">menos </span><span style="font-size: x-small;">aptas, </span><span style="font-size: x-small;">que desapareceram </span><span style="font-size: x-small;">no meio do caminho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Os fósseis são registros que nos fornecem essa
perspectiva de tempo. Apesar de não termos acesso a todas as variações de
fósseis de uma espécie, uma vez que são necessárias condições muito específicas
para que um fóssil seja conservado, é possível encadeá-los numa linha do tempo
e, em alguns casos, é possível até mesmo ligar à árvore genealógica os ramos de
uma espécie que sofreram alguma mutação, chegaram até um determinado ponto em
que foram selecionados pelo ambiente e, a partir dali, pereceram. O próprio
homem, por exemplo, ao evoluir do <i>Homo
heidelbergensis</i>, gerou duas variações: o <i>Homo neanderthalensis</i> (o homem de Neandertal) e o <i>Homo sapiens</i> (quem nós somos hoje).
Essas duas espécies coexistiram durante milênios, até que nós prosperamos e o
homem de Neandertal desapareceu. Por que uma das espécies humanas desapareceu e
a outra sobreviveu? Não se sabe, mas, por algum motivo, nós estávamos mais
aptos como espécie. Poderíamos não ser necessariamente mais fortes, mas
tínhamos alguma vantagem; num
determinado ambiente, éramos mais especializados. Um dia, podemos não ser e,
então, morreremos como as milhões de outras espécies que já morreram no passado.
Se aconteceu com eles, pode acontecer conosco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Por que, então, Darwin incomoda tanto? Primeiro
porque, ao estabelecer a árvore genealógica da espécie humana, ele nos coloca
no mesmo patamar que outras espécies. Tudo o que nos separa de outros animais
é uma linha num diagrama. Nada mais. Enquanto o pensamento religioso diz que o homem está no centro da criação, criado à imagem e semelhança de Deus, o Darwinismo nos
coloca em posição de igualdade a outras espécies, o que é o mesmo que dizer que
não somos especiais. Não parece uma ideia confortável. E mais: atribuindo isso
à aleatoriedade, Darwin faz com que o homem se sinta desamparado. Afinal, a
lógica é clara: se a evolução é um processo aleatório, não deve haver ninguém
nem nada (lê-se Deus) cuidando da criação ou dirigindo o processo; as mutações
simplesmente acontecem e, dadas as características do ambiente em que as
espécies estão inseridas, prosperam os mais aptos. Ninguém está guiando nosso
caminho como espécie, diz o pensamento Darwinista, nós estamos sozinhos. Mesmo
que ainda hoje ninguém seja capaz de negar a teoria Darwinista, quem é que gosta de se sentir assim tão só, no fim das contas? <b>(G.P.)</b><o:p></o:p></span></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-63966328672535784592013-02-19T21:01:00.001-03:002013-11-19T22:20:38.034-02:00About translations, crosschecking and national anthems<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The <a href="http://prooofeta.blogspot.com.br/2013/02/about-things-that-are-lost-in.html" target="_blank">other day</a> I was talking about translation, and I didn’t mention what is, in my opinion, the true beauty of translating things: the possibility of crosschecking meanings. When you are translating, you understand things better, ‘cause you have to dig deeper into the meaning to better explain an idea. That’s something you may not need to do very often when you are using only one language, especially if that’s your native one.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A good example of that situation is a national anthem. Here’s my point: I am Brazilian, and, as a Brazilian person, I’m used to listen to my national anthem since I was a little boy. It’s stuck to my brain in some kind of subconscious level, so I don’t have to think about it that deeply, ‘cause the lyrics usually pop up in my mind as I sing along; as a Brazilian, I don’t have to actually process the words. And I imagine it’s the same with other people when it comes to their own national anthems. But once you are translating it, you do have to think about them and crosscheck the meaning in Portuguese and in the other language – English, in this case. Sometimes you don’t even need to think about the word itself, but about its inner meaning, the true abstract concept behind the letters and the grammar. And then, as you go deeper, you understand it more.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Oh, and since I mentioned the Brazilian anthem, here’s its English version as I translate it. (And I do think it’s one of the most beautiful anthems, since it talks about love and peace – things that other anthems don’t always care about. But that, as everything else, is my opinion, and that’s a topic to de discussed another time.) Here we go!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Brazilian National Anthem</b></div>
<div style="text-align: justify;">
(Original lyrics by Joaquim Osório Duque Estrada)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>The calm riverbanks of the Ipiranga river</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>heard the blaring yell of heroic people,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>and the sun of freedom, with shining light beams,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>has shone in the homeland’s sky at that moment.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>If this equality pledge</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>we were able to conquer with strong arms,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>oh, freedom, in your chest,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>you defy our chest to death!</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Oh, beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>idolized homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>hail, hail!</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Brazil, an intense dream, a powerful gleam</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>of love and hope comes down to earth,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>if in your beautiful, smiling and clear sky</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>the image of the Cross glows.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Giant by nature,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>You are beautiful, strong, a brave colossus,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>And thy future mirrors this greatness.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>among other thousand,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>it is you, Brazil,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>oh, beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>to the sons of this land you are a gentle mother,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Brazil!</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Eternally laying down on a magnificent crib,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>among the sound of the sea and under the light of deep sky,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>you shine, oh Brazil, America’s jewel,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>enlightened by the light of the New World.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>In comparison to the most elegant land,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>your smiling beautiful fields have more flowers,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>“Our woods have more life,”</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>“Our life,” within your chest, “has more love.”</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Oh, beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>idolized homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>hail, hail!</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Brazil, may the starry flag you show</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>be a symbol of eternal love,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>and may the green-laurel of this flag say:</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>“Peace in the future and glory in the past.”</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>But, if you raise the mace of justice,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>you will see that thy sons do not flee from a fight</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>nor fears their own death the ones who adore you.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>among other thousand,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>it is you, Brazil,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>oh, beloved homeland!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>to the sons of this land you are a gentle mother,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>beloved homeland,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Brazil!</i></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-33811341103649020662013-02-04T17:48:00.000-02:002013-02-04T17:53:00.216-02:00About things that are lost in translation and the quest for ya la suo<div style="text-align: justify;">
I’ve been studying Chinese for a while now, and I truly have a relationship of love and hate with it. I hate when I cannot pronounce perfectly the tone of a simple syllable, but I do love the knowledge it brings. I believe the study of different languages can give one new perspectives about the world that surround us, ‘cause, in many aspects, languages sum up the spirit of the people who created it throughout the centuries. People shape the language, but languages also shape people. And that’s the problem of translating stuff. Sometimes you cannot just translate a single word directly, ‘cause in the context of a particular language it has different layers of meaning that are likely to be lost during translations. People who work with translations or are used to translate things know that very well.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Words are not natural things. They don’t grow in trees or pop up from the ground, they are created and shaped to express things people feel. They are like tools. Or like paintings. And when you study more than one language, you start to realize that different people in different ages and locations across the planet sometimes developed similar ways to express their feeling. The grammar may differ a lot, and also the structure of the language and so on, but sometimes the way isolated words relate to each other are curiously similar. Sometimes, however, they have nothing to do with each other and can’t even be translated. The point is that once they are created and accepted by people, they become something that stands alone. And, as I said, they do carry a handful of meanings. So we come to my story…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A few months ago I started a personal quest to understand the meaning of the expression <i>ya la suo</i> (呀啦索). I heard it for the first time in the lyrics of a Chinese song about Tibet, and I could not understand it nor find a direct translation, once it’s not in Mandarin, but in the Tibetan language. I don’t know why it called my attention so much, but it surely did. So I started an unpretentious research on that, and, to be honest, I didn’t find many useful things – at least not in English or Portuguese. But I did gather a short amount of information, so I could start talking to Chinese people about it. I asked them when would it be used, and how would they describe the meaning, and they could not explain it to me perfectly, ‘cause it’s not something they use in a daily basis. So I started picking puzzle pieces… I heard that people say <i>ya la suo</i> to express the magnitude of something, like when something is too beautiful – a landscape, for example, as I was told by some Chinese friends. I also read an article that described someone saying <i>ya la suo</i> in the middle of a sentence, like some kind of mantra used to reinforce a statement. And then I talked to someone else, and this person told me that it doesn’t have any particular meaning (“just a way of expression to call for the spirit, just ahhh”, as she said). Somehow, I could feel all of them were right, but there was something missing.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Well, by now, my best guess is that<i> ya la suo</i> means something like “Everything is alright”. It’s more like a sigh, and I think it may have Buddhist roots. I say that because I’ve been reading about Tibetan Buddhism for a while, and, considering Buddhist beliefs that everything is ephemeral and one should not get attached to happiness or suffering (once they will all vanish eventually), it’s reasonable to think that everything is always alright, ‘cause every little thing will go away. If you are used to accept whatever life gives you, you are likely to believe that everything is always ok. That’s beautiful, and <i>ya la suo</i> makes sense in that perspective. But I may be totally wrong, who knows? My point here is that not everything is easy to translate; sometimes some words or expressions are quite hard, and they can give you a lot of trouble to unveil what they represent. But, after all, if you dig them deep enough, you may find more than what you were looking for. <b>(G.P.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-88885417526996145252012-09-07T18:15:00.000-03:002012-12-11T23:50:31.874-02:00Marketing review: Absolut Unique<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #cccccc;">I do not own any promotion material, they all belong to Absolut Vodka. This is a collector review.</span></div>
<span style="text-align: justify;"><i><br /></i></span>
<span style="text-align: justify;"><i>One of a kind. Millions of expressions</i>. That’s how Absolut Vodka sums up the new marketing campaign for their new limited edition, the Absolut unique.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-yk_0iBiC6aU/UEpiveLhS6I/AAAAAAAAAgY/IJqTItfKZhw/s1600/one.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-yk_0iBiC6aU/UEpiveLhS6I/AAAAAAAAAgY/IJqTItfKZhw/s320/one.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Let’s get straight to the point: it is nothing but amazing, especially if you consider the design and communication aspects. There are 4 million bottles, and none of them look the same. Each bottle is literally one of a kind. In order to make it possible, Absolut had to re-engineer the entire factory, adding splash guns to the production line and developing an algorithm to create exclusive color patterns for every bottle. And, yeah, they are all numbered. It means you can go to a liquor store, choose your bottle from the shelf and be sure that you are the only one who will have it. It’s unique, indeed.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.absolut.com/br/Unique/"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-krZ_jOBch10/UEqAQUm35SI/AAAAAAAAAgs/SrzQs_y6gVc/s400/au-1.jpg" width="282" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="197" src="http://www.youtube.com/embed/toHQCrb4a38" width="350"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
This is a new concept which brings Absolut marketing to a whole new level. Let’s face it: although there are plenty different editions, Absolut vodka is essentially the same. The flavors may differ, but many of the limited editions (I’ll mention some of them below) contain the same vodka. But it doesn’t matter, once their marketing team is not selling vodka. What they are actually selling is the bottle. And, of course, the concept around the bottle. Ultimately, that’s what marketing is about. It’s that simple.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Every year, Absolut marketers create brand new concepts for every limited edition. As I already said, it’s the same vodka, but the idea is never the same. I liked particularly the concept of the Glimmer edition, especially the light painting campaign, which didn’t use the vodka itself as the protagonist, but the bottle in a crystal shaped design which reflects light. It doesn’t surprise me, once the bottle – and not the vodka – is Absolut’s signature.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="197" src="http://www.youtube.com/embed/-pK27H77ABo" width="350"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="197" src="http://www.youtube.com/embed/uEpLZTVabUA" width="350"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Then we have the Mode limited edition, which was particularly impressive due to the paradigm breaking, once the bottle was deconstructed and rebuilt in a multifaceted shape with a fabric label that fits better the fashion industry. Freaking fancy.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="197" src="http://www.youtube.com/embed/WqLm2paRR6k" width="350"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
And then we come to Absolut Unique…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ok, if you are still reading, you probably agree that Absolut is not selling vodka, but a concept. And what concept is that which is being sold by the Unique edition? We don’t have to dig that deep, actually, because they are already giving us the answer: individuality. “With Absolut Unique, Absolut Vodka creates millions of uniquely designed bottles for a world of individuals,” they say. But those individuals are not that individual, of course; they are all fond of the same things: pop art expressions, a classy and sophisticated (but cool) lifestyle and a self impression which states “I am unique.” In a post-modern world, where people can be anything they can possibly imagine, all they wanna be is unique.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
And that’s why they will like their truly unique numbered bottles. <b>(G.P.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-88791937697459368152012-06-22T17:46:00.003-03:002012-06-22T17:46:39.607-03:00About two kinds of dreamsThere are two kinds of dreams: the ones which were torn apart like a carcass and the brand new ones, blooming like a sprout. Here we go, humankind. Yey. <b>(G.P.)</b>G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-15844418593902959602012-05-17T01:24:00.001-03:002012-05-17T14:44:35.183-03:00Sobre um punhado de areia<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu havia desembarcado em Marrakech, a cidade vermelha do reino de Marrocos, dando os primeiros passos de uma viagem que me levaria até a região do maior deserto quente do planeta, do qual eu gostaria de ter um pedacinho. A vida é uma coleção de memórias, não é? Pois eu queria memórias de areia.<br />
<br />
Localizado na porção noroeste da África, ao Sul do Estreito de Gibraltar, o Marrocos é uma monarquia constitucional governada pelo rei Mohammed VI, que dá nome à maior avenida do continente africano. Dessa avenida, o primeiro local memorável ao qual eu cheguei depois de desembarcar, eu podia avistar as montanhas da Cordilheira do Atlas, cujas ribanceiras eu teria de atravessar para chegar ao deserto. Os picos, cobertos de neve, eram fantasmas de inverno numa terra de verão.</div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7V2ymLqoKT0/T7R81tVJq0I/AAAAAAAAAgE/TjRx3ehSO70/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="http://1.bp.blogspot.com/-7V2ymLqoKT0/T7R81tVJq0I/AAAAAAAAAgE/TjRx3ehSO70/s320/1.jpg" width="320" /></a></div>
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Na cidade vermelha, há dois mundos que colidem – um efeito colateral da globalização que se repete em outros locais do planeta. A cidade nova, com restaurantes como McDonald’s, lojas como Louis Vuitton e casas noturnas como Pacha, é semelhante a muitas outras ao redor do mundo. Porém, a cidade velha, chamada de Medina é protegida da pós-modernidade por um muro de barro, e lá dentro o tempo parece ter parado.</div>
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Há cerca de mil anos, pessoas compram e vendem nos mercados de rua da Medina de Marrakech, chamados <i>souks</i>. Ali, cada vendedor é capaz de entender e falar palavras soltas em uma grande variedade de idiomas, resultado natural de séculos e séculos de negociação com povos diferentes. Além da habilidade linguística, eles também desenvolveram um dom para vender as coisas por mais do que elas valem, e a barganha, pouco natural para algumas culturas, foi elevada ao status de arte pelos comerciantes marroquinos.</div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ZlAt8qmU1lc/T7R4kf-ZnYI/AAAAAAAAAfU/a3U_thFhbbE/s1600/souk1_prooofeta.blogspot.com.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-ZlAt8qmU1lc/T7R4kf-ZnYI/AAAAAAAAAfU/a3U_thFhbbE/s320/souk1_prooofeta.blogspot.com.JPG" width="320" /></a></div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Mbox4oTKJ6Y/T7R4va5YgwI/AAAAAAAAAfc/Lr_EGxbCGZk/s1600/souk2_prooofeta.blogspot.com.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-Mbox4oTKJ6Y/T7R4va5YgwI/AAAAAAAAAfc/Lr_EGxbCGZk/s320/souk2_prooofeta.blogspot.com.JPG" width="240" /></a></div>
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Os <i>souks</i> de Marrakech são um paraíso para os amantes da sinestesia; estímulos visuais, sonoros e olfativos abundam em cada canto. Dentro dos mercados, a sensação é a de estar numa colmeia gigantesca: as lojas se aglomeram de uma forma orgânica e aparentemente caótica. Andando lá dentro durante algumas horas, no entanto, você começa a perceber que existe uma certa lógica, mas, mesmo assim, orientar-se continua muito difícil; a cada passo novas vielas aparecem e quando se entra em uma, fica difícil saber de onde você veio. Dentro dos <i>souks</i>, há uma geografia própria que não cabe ao forasteiro entender – e chega um momento, pelo menos para este forasteiro que vos escreve, em que coisas simples como o cadáver de um gato se tornam pontos de referência. Comer nos <i>souks</i>, é claro, é uma aventura à parte; a comida é ideal para quem gosta de sabores fortes e não se importa com a higiene, seguindo uma regra universal da comida de rua.<br />
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Em síntese, vamos colocar as coisas dessa forma: você pode sair dos <i>souks</i> de Marrakech, mas os <i>souks</i> jamais sairão de você – se não ficarem no seu coração e na sua memória, certamente ficarão no seu sistema imunológico.</div>
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Na praça central da Medina, saindo dos mercados, o que se vê é a torre da mesquita da Koutoubia, que, com seus 69 metros de altura, é o ponto mais alto da cidade. Assim como o rei determina que todas as casas da cidade vermelha sejam, de fato, vermelhas, ele também determina que todo e qualquer prédio deve ser mais baixo do que a Koutoubia, cuja torre emite diariamente os cinco chamados para a oração dos muçulmanos.</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-sfiRK9KZjO0/T7R3y62R1kI/AAAAAAAAAfE/pcwbgHOTaXQ/s1600/2+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-sfiRK9KZjO0/T7R3y62R1kI/AAAAAAAAAfE/pcwbgHOTaXQ/s320/2+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" width="240" /></a></div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3iqstWtqqQM/T7R3_gz0EsI/AAAAAAAAAfM/KVTQlAEeCIQ/s1600/5+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-3iqstWtqqQM/T7R3_gz0EsI/AAAAAAAAAfM/KVTQlAEeCIQ/s320/5+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" width="240" /></a></div>
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Esses chamados são provavelmente uma das únicas coisas que conseguem evocar o silêncio sobre os <i>souks</i>. Foi durante um desses chamados, em frente à mesquita, que eu vi um garotinho nativo correndo atrás de pombos. Eu já havia visto a mesma cena, é claro, em frente a igrejas católicas em outros locais do mundo. Parece-me que esta é uma constante em qualquer local do planeta: onde quer que haja pombos, garotinhos travessos os perseguirão inocentemente, porque crianças são crianças, independentemente da raça ou da religião. Mas aí elas crescem, vão à igreja, à mesquita e à escola e suas sociedades as ensinam a jogar bombas umas sobre as outras. Triste.</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-X0LvfJdEysM/T7R5hfbURhI/AAAAAAAAAfk/FbM6LbjwWs4/s1600/cafearganamarrakech_prooofeta.blogspot.com.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-X0LvfJdEysM/T7R5hfbURhI/AAAAAAAAAfk/FbM6LbjwWs4/s320/cafearganamarrakech_prooofeta.blogspot.com.JPG" width="240" /></a></div>
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Com esses pensamentos na cabeça, chegou a hora de cruzar a cordilheira rumo ao sul do reino, a caminho da região leste do Marrocos, aproximando-se um pouco mais da fronteira com a Argélia. Nos vales entre as montanhas, a temperatura cai a cada metro percorrido na estrada que se desdobra como uma serpente. Lá embaixo, campos de trigo ondulam ao vento como grandes tapetes verdes. Aos poucos, contudo, a paisagem vai se tornando mais árida e tudo o que resta são pedras e areia.</div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-6BkSbXelaMY/T7R6dMZcD7I/AAAAAAAAAf0/MjmVPOYabCg/s1600/landscape_prooofeta.blogspot.com.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-6BkSbXelaMY/T7R6dMZcD7I/AAAAAAAAAf0/MjmVPOYabCg/s320/landscape_prooofeta.blogspot.com.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-40wj9lvK2xE/T7R6cbVuKfI/AAAAAAAAAfs/Y0hgiPzFCFU/s1600/landscape_prooofeta.blogspot.com+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-40wj9lvK2xE/T7R6cbVuKfI/AAAAAAAAAfs/Y0hgiPzFCFU/s320/landscape_prooofeta.blogspot.com+(2).jpg" width="320" /></a></div>
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No outro lado da cordilheira, a cidade fortificada de Aït Benhaddou surge na região árida como se brotasse das pedras. Patrimônio da UNESCO desde 1987, a cidade está localizada no caminho por onde passavam as caravanas vindas do Saara rumo a Marrakech. Ali, você já está na província de Ouarzazate, que foi cenário para filmes como <i>Gladiador</i> (2000) e o insuperável <i>Babel</i> (2006).</div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ME8cRPXD7Ps/T7Rzi8alaLI/AAAAAAAAAdk/8W1AAkdo9_k/s1600/ait_prooofeta.blogspot.com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-ME8cRPXD7Ps/T7Rzi8alaLI/AAAAAAAAAdk/8W1AAkdo9_k/s320/ait_prooofeta.blogspot.com.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZIbBajXA2gA/T7RzpKIabbI/AAAAAAAAAds/Kt7OYx-cM0g/s1600/ait2_prooofeta.blogspot.com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZIbBajXA2gA/T7RzpKIabbI/AAAAAAAAAds/Kt7OYx-cM0g/s400/ait2_prooofeta.blogspot.com.jpg" width="300" /></a></div>
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De Ourzazate, a viagem segue para Zagora, no vale do rio Draa, passando por um gigantesco palmeiral e chegando ao início da região do Saara. Ali, troquei o 4x4 por um camelo e começou a minha incursão através das dunas rumo ao acampamento do povo berbere em que eu dormiria aquela noite.
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-qeVFtsRwDFM/T7R7F_2_nxI/AAAAAAAAAf8/zCgQ9BU63K4/s1600/13+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-qeVFtsRwDFM/T7R7F_2_nxI/AAAAAAAAAf8/zCgQ9BU63K4/s320/13+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" width="320" /></a></div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-dH-A8yzXPrQ/T7R0oiGq2rI/AAAAAAAAAd0/ri7ZiDLocmM/s1600/14+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-dH-A8yzXPrQ/T7R0oiGq2rI/AAAAAAAAAd0/ri7ZiDLocmM/s320/14+%D8%A7%D9%84%D9%85%D8%BA%D8%B1%D8%A8.JPG" width="231" /></a></div>
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Os berberes são o grupo étnico natural da porção noroeste da África e a recepção em seu acampamento foi realizada com chá verde adoçado, seguindo a tradição marroquina. Depois do jantar – sopa de lentilha seguida de tajine de frango e legumes –, uma fogueira foi acesa e as canções berberes embalaram a noite. Aos poucos, o deserto se apagava. Enquanto as vozes e o som dos tambores sumiam, céu e areia começavam a se misturar. A lua ainda não havia nascido, e a escuridão começava a cair sobre o mundo.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="233" src="http://www.youtube.com/embed/3ZNWoCt-4Iw" width="400"></iframe></div>
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Entre as dunas, é impossível discernir onde acaba a terra e começa o céu, você só sabe que está no meio e que não há nada que o separe das estrelas acima. A única coisa que você ouve é o vento. Mas chega uma hora em que até o vento para. E, então, quando faz silêncio total, você consegue verdadeiramente ouvir os seus próprios pensamentos.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-W7XWUM1ZmpI/T7R9PvJ8ZkI/AAAAAAAAAgM/tZRqTy2NCvI/s1600/steps_prooofeta.blogspot.com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-W7XWUM1ZmpI/T7R9PvJ8ZkI/AAAAAAAAAgM/tZRqTy2NCvI/s320/steps_prooofeta.blogspot.com.jpg" width="240" /></a></div>
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E foi ali, ciente de que eu era o único ser humano no mundo todo que ouvia aquela voz em meio ao silêncio, que eu tirei um pedacinho do deserto e o guardei para mim. <b>(G.P.)</b></div>G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-82768754418261466202012-04-19T23:11:00.007-03:002012-04-19T23:33:37.115-03:00Para aqueles que chegaram agora<div style="font-style: normal; text-align: center; "><a href="http://3.bp.blogspot.com/-JX_VYytYJQo/T5DJ_585xYI/AAAAAAAAAdU/xF8jBIByOsk/s1600/welcome_prooofeta.blogspot.com.JPG" style="font-size: 100%; "><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 389px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-JX_VYytYJQo/T5DJ_585xYI/AAAAAAAAAdU/xF8jBIByOsk/s400/welcome_prooofeta.blogspot.com.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5733304425367848322" /></a></div><div style="text-align: justify; "><span style="font-size: 100%; ">Este não é o melhor mundo que nós poderíamos oferecer a vocês. Honestamente. Deve haver outros mundos melhores em algum lugar por aí, onde contos de fadas virem realidade, e onde as pessoas não cometam tantos erros e coisas assim. Não vou mentir, a vida pode ser uma aventura perigosa, e às vezes pode ser que as coisas fiquem um pouco difíceis e mais amargas do que nós gostaríamos, e talvez nós não estejamos aqui para segurar vocês em nossos braços como fazemos agora, mas até lá vocês já vão estar muito maiores e muito mais fortes, e certamente vão nos deixar muito orgulhosos. Eu posso não saber muitas coisas, mas de uma coisa eu tenho certeza: este é um mundo melhor agora que vocês estão aqui com a gente. Bem-vindos, pequenos. <b style="font-style: normal; ">(G.P.)</b></span></div>G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8411249849029326212.post-82618998602454016662012-04-12T00:19:00.000-03:002012-04-12T00:20:35.702-03:00一只狐狸有一只狐狸天天在这个月光下散步。<br />那只狐狸说“这个心是谁的?”<br />她不知道。G. P.http://www.blogger.com/profile/09934662229496993860noreply@blogger.com0